Semeadura: conheça a jornada da produtividade!

Quem é produtor rural sabe bem da importância de cuidar da plantação desde antes de as sementes chegarem ao solo, afinal, são as primeiras etapas do cultivo que definem o sucesso da safra. Uma das técnicas que deve ser realizada logo nesse início é a semeadura, um conjunto de práticas que garante o ambiente ideal para as plantas crescerem por completo.

Mas mesmo sendo um método muito comum e necessário, ainda existem dúvidas que permeiam o assunto, seja por iniciantes no agronegócio, estudantes de agronomia ou produtores que desejam fazer uma reciclagem de seus conhecimentos.

Por isso, hoje, o Capital do Campo decidiu unir todas as informações importantes sobre o processo da semeadura, seus tipos, passos e como fazer para que ela favoreça uma germinação bem-sucedida dos grãos. Acompanhe a leitura para saber mais!

O que é o processo da semeadura?

A semeadura nada mais é do que o processo de depositar as sementes no solo para a germinação e o cultivo. Essa técnica é de extrema importância para que a safra seja produtiva e lucrativa ao produtor rural, já que o maior objetivo dessa etapa da produção agrícola é criar as condições mais favoráveis possíveis para o crescimento e o desenvolvimento saudável das plantas.

Antes que os grãos sejam semeados, os responsáveis pela plantação devem sempre fazer a análise do solo para entender o que ele possui de nutrientes e água, pois, assim, é possível suprir carências e oferecer uma nutrição completa ao cultivo. Além disso, é muito importante considerar a época (temporada) do ano para que ela ofereça as condições adequadas para a espécie vegetal escolhida.

Quais os métodos de semeadura?

Existem 4 métodos de semeadura: manual, a lanço, mecanizado e aéreo. As principais diferenças entre eles são em relação aos tipos de equipamentos usados e às suas indicações, já que nem todos podem ser aplicados em ambas as áreas pequenas e grandes. Entenda um pouco mais sobre cada um:

1. Semeadura manual

A semeadura manual é mais indicada para pequenas áreas rurais, já que é feita por um trabalhador, chamado de operador, que distribui as sementes nos sulcos (buracos feitos para acomodá-las).

Os equipamentos mais comuns que o profissional usa nesse processo são as enxadas e as matracas, que devem sempre estar bem soldadas para evitar a cobertura excessiva das sementes, já que isso pode comprometer a germinação.

2. Semeadura a lanço

A semeadura a lanço pode ser feita em diferentes extensões de terra e é uma das mais realizadas aqui no Brasil, já que não pede equipamentos específicos, pois as sementes são jogadas na terra ao invés de enterradas.

Por mais que pareça prático, esse método é bem menos preciso na distribuição dos grãos por área, oferecendo o risco de a safra não ser tão lucrativa ou render tanto quanto o que foi plantado. Além disso, é importante que o produtor que segue esse passo faça uma compactação do solo com um rolo para estimular a nutrição e a hidratação das futuras plantas.

3. Semeadura mecanizada ou em linha

A semeadura mecanizada, ou em linha, é a técnica ideal para grandes áreas de cultivo, já que o produtor deve utilizar semeadoras e outros tipos de implementos agrícolas para realizá-las. Ela garante maior precisão na distribuição das sementes, mas deve ser feita com cuidado e por um profissional capacitado para que os grãos não sejam cobertos excessivamente.

4. Semeadura aérea

O último método de semeadura é o aéreo que, como o próprio nome sugere, usa aviões ou drones para ser feito. Essa técnica pede bom planejamento e cálculo exato da área para garantir o maior proveito das sementes, que são jogadas de uma altura relativamente próxima ao solo.

Além disso, é essencial que o processo seja realizado por uma equipe capacitada, especialmente se você optar pelos aviões. Por mais que seja prática, a necessidade de maiores recursos financeiros faz com que esse não seja o método mais utilizado nas propriedades rurais.

Vale lembrar que, independentemente da técnica escolhida para semear os grãos, o produtor deve investir em cuidados com a área de plantação e observá-la de perto até o momento da colheita. É essa aproximação com a safra que vai ajudá-lo a identificar possíveis problemas e prevenir a perda de lucros no final.

Como é feito o processo da semeadura?

Assim como qualquer outro processo do mundo agrícola, a semeadura é composta de etapas, que são:

1. Escolha das sementes

Antes de qualquer coisa, é preciso escolher as sementes que você deseja plantar. Além da espécie vegetal, as características genéticas dos grãos, a capacidade de tolerar pragas agrícolas e resistir às adversidades climáticas que possam surgir na temporada em que elas ficarão no solo são fatores que devem influenciar a decisão.

2. Preparo do solo

Após selecionar os grãos, o próximo passo é iniciar o preparo do solo com a abertura dos sulcos, ou leitos, que devem ser espaçados de forma homogênea para que a plantação seja mais fácil de cuidar do início ao fim.

3. Quantificação das sementes

Com o solo preparado, agora é hora de quantificar as sementes — um processo que consiste em dosar os grãos conforme a área disponível para o plantio. Considere o espaçamento deixado entre uma fileira de sulco e outra, além da quantidade de grãos por metro, já que, durante a germinação, as raízes precisam de espaço para se desenvolverem por completo.

4. Semeadura dos grãos

Por fim, os grãos devem ser semeados com o método de sua escolha e cobertos com uma camada de solo. É importante que essa cobertura seja levemente pressionada sobre as sementes, para que elas entrem no máximo de contato possível com a terra e consigam absorver todos os nutrientes e a hidratação que precisam para crescerem de maneira saudável.

É possível acelerar a germinação?

Mesmo com o solo devidamente analisado e preparado, é muito comum que produtores se questionem sobre formas de acelerar a germinação sem prejudicar a safra. Apesar de não existir um único fator que possa ajudar nisso, existem alguns pontos nos quais você pode ficar de olho, como:

  • Irrigação e disponibilidade de água no solo — os grãos precisam de cerca de 50% do seu próprio peso em água para germinarem;
  • Oxigenação da área;
  • Temperatura;
  • A presença de determinados tipos de fertilizantes;
  • Permeabilidade do leito que envolve as sementes.

Se você, que é produtor rural, se manter atento a esses fatores e seguir os passos certos do processo de semeadura, as chances de a sua colheita render bons frutos e lucros é certa. Se você gostou deste conteúdo e deseja se informar ainda mais sobre os processos de cultivo, aproveite para aprender sobre a dormência das sementes, um problema comum que pode ser tratado rapidamente.

Continue nos acompanhando aqui no Capital do Campo para ficar por dentro de tudo sobre o mundo do agronegócio. Até a próxima!

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