Considerado uma das fases mais importantes em todo o processo inicial de plantio, o preparo do solo exige atenção redobrada e investimento inteligente para se alcançar os resultados esperados. É durante o seu processo que são otimizadas as condições para a germinação das sementes, garantir o desenvolvimento saudável das plantas e também a eliminação de ervas daninhas.
Para entender melhor todas as características e a importância do preparo do solo, é interessante compreender sobre os dois principais tipos de plantio utilizados em lavouras de diversos portes, conhecidos como plantio direto e plantio convencional.
Basicamente, os dois processos de preparo apresentam uma série de vantagens e desvantagens para o produtor, criando até mesmo certo debate entre os agricultores sobre qual é a melhor ou mais adequada para cada tipo de lavoura. E para te ajudar a escolher o seu método, vamos abordar aqui quais as principais diferenças entre eles! Acompanhe.
O que é plantio convencional?
O objetivo principal da utilização da técnica de plantio convencional é preparar o solo para que sejam fornecidas as condições mais básicas à cultura a ser desenvolvida na terra, assegurando que a germinação das plantas ocorra de modo satisfatório.
Nesse processo, o solo é completamente revolvido, utilizando maquinários próprios para esse serviço, fazendo com que suas camadas mais superficiais sejam reduzidas compactando a terra conforme a execução da técnica e melhorando a incorporação dos corretivos e fertilizantes em etapas futuras.
O processo também cria um aumento exponencial dos espaços porosos na terra, elevando assim o nível de permeabilidade e armazenamento de água e ar na região a ser cultivada, facilitando, assim, o desenvolvimento das plantas. Outro fator importante nessa fase são os cortes e enterro de ervas daninhas contidas ali, aumentando a eficiência do controle de pragas e patógenos presentes no solo.
Quais são as etapas do plantio convencional?
Para a execução do sistema de plantio convencional, o processo é dividido em duas etapas principais chamadas de preparo primário e preparo secundário.
Na primeira etapa, o solo é grosseiramente arado por maquinário com grades aradoras grandes visando afofar a terra. Durante essa etapa. podem ser utilizados também corretivos, fertilizantes, resíduos vegetais e outros produtos para uma melhoria da qualidade nutritiva do solo.
Já na segunda etapa, a operação é feita para que exista um nivelamento e destorroamento da camada mais superficial da terra já arada. Além do preparo por si só, o objetivo é também controlar e evitar o aparecimento de plantas que causam danos à lavoura. Esse processo é necessário para que o produtor possa dar continuidade à última gradagem niveladora antes do plantio de sementes e do cultivo escolhido.
Quais são as vantagens do plantio convencional?
O uso desse método tem como uma de suas principais vantagens o aumento de mineralização dos componentes orgânicos produzidos pelos microrganismos no solo, potencializar a infiltração de água e aeração da terra, garantir o nivelamento do solo.
Além disso, a eliminação de plantas daninhas e a maior incorporação de material orgânico, ocasionando maior decomposição dos adubos e restos vegetais.
E as suas desvantagens?
Entre as desvantagens do plantio convencional estão a diminuição da fertilidade do solo e a necessidade de tratamento anual para recuperação. Podemos adicionar também o fator de favorecer a erosão em solos dedeclive,mais tempo de preparo do solo para outros sistemas, aumentar a necessidade de implementos e uma mobilização contínua do solo.
O que é plantio direto?
Bastante conhecida por ser uma técnica de cultivo conservacionista, já que não são efetuadas nenhuma etapa de preparo convencional na terra, o método de plantio direto mantém sua superfície coberta com plantas ali presentes antes do cultivo, sem que sejam retiradas (arrancadas) do solo.
O método é utilizado para a proteção da área de plantio contra escorrimentos superficiais do solo, contra a chuva e também erosões hídricas e eólicas.
Essa técnica é considerada por muitos produtores e especialistas como uma técnica de cultivo mínimo por não exigir nenhuma preparação prévia do solo, sendo que sua adubação é feita de maneira eventual e a aplicação de produtos de proteção, como herbicidas, só podem ser feitas uma única vez.
Esse tipo de aplicação também acaba promovendo mais enfaticamente a competição de sistemas já que a a redução da erosão e contaminação do ambiente de plantio é mínima, criando um sistema natural mais estável e uma produção mais ampla em comparação a outros métodos mais tradicionais.
Quais os benefícios do plantio direto?
Entre as principais vantagens de uso desse método, temos:
- a regulagem da temperatura do solo e os impactos diretos da chuva na planta;
- redução na compactação e lixiviação;
- melhoria da estrutura da terra, aumento na fonte de energia para micronutrientes;
- diminuição de plantas daninhas;
- e taxa de perda por erosão.
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Quais as desvantagens do plantio direto?
O aumento da umidade é um dos efeitos colaterais negativos que o plantido direto pode causar – em locais de clima úmido, isso pode ser ainda mais prejudicial. A concentração de nitrogênio no solo, o uso de máquinas específicas para colheita, o aumento nos custos de tratamento posterior e a necessidade de investimento especializado para utilização de herbicidas são outros aspectos que podem tornar o método direto ineficaz em relação a sua demanda.
Na hora de garantir uma produtividade de alta qualidade, tenha em mente que, antes de qualquer decisão acerca da utilização de um dos dois métodos, é necessária uma análise aprofundada e pertinente sobre o terreno ao qual você pretende plantar. Só assim uma escolha mais estratégica e sem gastos extras pode ser feita com precisão.
E aí, gostou do texto de hoje? Esperamos que tenha ajudado a diferenciar o plantio convencional do método direto com informações práticas e fáceis de compreender. Aproveite sua visita e conheça mais sobre o mundo agrícola navegando pelo blog Capital do Campo.
Para a sua próxima leitura, indicamos o post “Correção de solo: tudo o que você precisa saber!“.