Os drones têm se imposto à consciência da população, devido aos papéis que têm começado a desempenhar mais comumente. Entre outras atividades, os drones podem ser utilizados na vigilância, na filmagem jornalística, na obtenção de fotografias aéreas e na entrega de produtos e em ações policiais. Podem também ser usados como brinquedos ou em competições.
Muitos acreditam que os drones têm a capacidade de até mesmo sacudir o mundo militar, mudando por completo o panorama dos conflitos aéreos nas próximas décadas, diminuindo a participação dos tradicionais pilotos embarcados. Eles também podem ser usados na aquisição de informações sobre as capacidades e movimentos dos inimigos e sobre o território em que se travará a luta. Não é à toa que as Forças Armadas e os serviços de inteligência de muitos países, como os Estados Unidos, estão investindo pesadamente em pesquisas e na construção de drones.
Mas e quanto à Agricultura? O que os drones têm a oferecer a essa nobre atividade de que o sustento humano depende? Na verdade, muito.
O uso dos drones na agricultura combina bem com a tendência que tem se manifestado nos últimos anos de usar ferramentas de alta tecnologia para aumentar a produução das culturas e a confiabilidade das colheitas e otimizar o uso dos recursos disponíveis, racionalizando os custos.
Drones permitem, por exemplo, monitorar as plantações de cima em tempo real, permitindo encontrar problemas como, por exemplo, falhas de irrigação e infestações de pragas como fungos nocivos. Além de fornecer imagens com o espectro visível (o conjunto de frequências de ondas luminosas que os seres humanos conseguem enxergar normalmente), os drones permitem usar outras frequências, como o infravermelho, que podem permitir distinguir mais facilmente entre plantas doentes e plantas saudáveis, detectando assim a praga e identificando seu estágio de disseminação pela lavoura.
Drones, assim como helicópteros e outros veículos aéreos, podem ser utilizados para semear, do ar, plantações, o que permite cobrir eficientemente uma área relativamente grande em um espaço de tempo relativamente pequeno. Em inglês, esse processo é chamado de aerial seeding, algo como semeadura aérea.
Ainda no começo do ciclo de cultivo, os drones podem ser bastante úteis. Eles podem ajudar a criar um mapa preciso do solo, o qual pode ser usado para planejar a semeadura.
Os drones podem ainda ser úteis para borrifar as plantas com pesticidas. A precisão de movimentos deles pode permitir uma significativa diminuição no uso desses produtos, o que diminui o risco de contaminação do ambiente. Segundo especialistas, a aplicação dos produtos pode ser feita com drones várias vezes mais rapidamente do que através dos métodos tradicionais.
À medida que a tecnologia de sensores e câmeras vai sendo aperfeiçoada, mais e melhores dados estarão disponíveis aos usuários agrícolas dos drones, que poderão tomar decisões melhores e mais prontas relativas à superação de obstáculos à produção e ao melhor aproveitamento de seus recursos. Além disso, é bem possível que a criação de um mercado de massas desses equipamentos acabe reduzindo seus preços e dando início a um período de rápida evolução deles.
Como acontece com qualquer tecnologia, a introdução dos drones em um empreendimento deve ser precedida de um período de estudo para analisar sua adequação à situação e de pesquisa para decidir qual é a melhor maneira de usá-los. É preciso também lembrar que a operação de drones deve ser feita de acordo com a legislação vigente e ser cuidadosa para evitar riscos de segurança.